Por Movimento Xingu Vivo Para Sempre
A Amazônia sempre esteve em disputa entre os que a parasitam e aqueles que nasceram nos territórios e deles vivem.
Há a ganância dos que pensam a Amazônia como oportunidade de negócios, um depósito saqueável de onde se extrai minérios, diamantes, energia, madeira, soja, carne, recursos genéticos e até ar puro para consumo e enriquecimento de gente estrangeira a ela.
E há a resistência de quem nasceu na floresta, vive dela, dos rios, das plantas medicinais, das pequenas roças, da caça eventual, da pesca artesanal, e desenvolveu uma profunda relação com os territórios, permeada pelo cuidado e por uma cosmovisão que os torna indissociáveis do chão e dos rios onde vivem.
No último período, a Amazônia vem sofrendo uma explosão de destruição, com desmatamento recorde, expansão incontrolável de garimpos ilegais e substituição de políticas públicas de proteção socioambiental por medidas de incentivo aos processos predatórios. Aprofunda-se a destruição da Amazônia e o aniquilamento dos povos da floresta como política de Estado, o que traz consigo o aumento da grilagem, da invasão de territórios, das ameaças de morte e do sentimento de impunidade por parte dos promotores da violência.
Neste cenário, comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas, extrativistas e pequeno agricultores tentam resistir desesperadamente, não apenas contra os agressores como também contra a “ideologia do desenvolvimento” e suas mais diversas formas de cooptação, com seus cultos à modernidade colonial e ao evangelio da prosperidade.
E no meio, está uma multidão de gente desterritorializada, empobrecida e desesperançada que, na luta pela sobrevivência, encara qualquer negócio.
Essa é a premissa do debate virtual (live) que o Movimento Xingu Vivo realizará na próxima terça, 23, às 17 h, com a participação de Maria Leusa Munduruku, da Associação de Mulheres Wakoborun no Alto Tapajós, Hugo Loss, representando a Associação Nacional dos Servidores da Carreira em Meio Ambiente (ASCEMA) e Josefa de Oliveira, membro do Movimento Xingu Vivo e do Conselho Ribeirinho do Xingu. A mediação será de Verena Glass, jornalista do Movimento Xingu Vivo para Sempre.
Serviço: Live Amazônia em conflito: quem põe preço e quem dá valor – A disputa entre os predadores e os povos da floresta
Dia: 23 de junho
Hora: 17 horas
Debatedores:
– Maria Leusa Munduruku, Associação de Mulheres Wakoborun no Alto Tapajós
– Hugo Loss, representando a Associação Nacional dos Servidores da Carreira em Meio Ambiente (ASCEMA)
– Josefa de Oliveira, membro do Movimento Xingu Vivo e do Conselho Ribeirinho do Xingu
Mediação: Verena Glass, jornalista do Movimento Xingu Vivo
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