Ato pelo Clima reúne servidores e ambientalistas em Brasília

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Ambientalistas, servidores ligados ao meio ambiente, representantes de povos indígenas, artistas e muitos ativistas estiveram em frente ao Congresso Nacional, na tarde de ontem, para a realização do Ato pelo Clima. O objetivo foi entregar uma petição, assinada por mais de 13 mil pessoas e 800 organizações, com apoio da ASCEMA Nacional, em defesa da legislação socioambiental.

Além de centenas de pessoas, o ato contou com presenças ilustres, como a da atriz e ativista Lucélia Santos, que discursou no evento. “Temos que juntar esforços. Vocês jovens têm que assumir essa bandeira, porque senão não vai sobrar nada, não vai sobrar água, não vai fauna, não vai sobrar floresta, não vai sobrar humanidade”, disse.

Para o presidente da ASCEMA Nacional, Cleberson Zavaski, o Binho, o ato é uma convocação ao Congresso Nacional para que não haja retrocessos na pauta ambiental. “Estão se mobilizando vários movimentos sociais na luta contra o desmonte das políticas ambientais, contra o retrocesso nas legislações ambientais, contra vários projetos de leis que afetam diretamente povos indígenas, comunidades tradicionais e o meio ambiente”, disse o dirigente em entrevista ao Portal Metrópoles, que cobriu o ato (Assista abaixo)

Entenda o movimento

A Câmara dos Deputados, ignorando os direitos constitucionais dos povos originários no Brasil, aprovou o Projeto de Lei sobre a tese do Marco Temporal, que segue ao Senado.

Entre as medidas para esvaziar essas pastas, estão: demarcações de terras indígenas retiradas do Ministério dos Povos Indígenas; o Cadastro Ambiental Rural retirado do Ministério do Meio Ambiente; a Agência Nacional de Águas retirada do Ministério do Meio Ambiente; os Sistemas Nacionais de Resíduos Sólidos, Saneamento e Recursos Hídricos retirados do Ministério do Meio Ambiente.

A tese do Marco Temporal segue em meio a votações sobre uma série de medidas que enfraquecem a legislação e as políticas públicas já conquistadas, o combate ao desmatamento da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, a demarcação das Terras Indígenas (TIs) e a própria atuação dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, sendo ambos centrais para a aceitação do Brasil em políticas de comércio internacionais.

Fotos abaixo: Juliana Duarte (instagram.com/junomundo)

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