Parlamentares, inclusive da base do governo, querem desengavetar projetos da bancada da bala e do agronegócio, mesmo que isso vá contra os compromissos assumidos em campanha pelo presidente Lula. Essas iniciativas, que são uma versão “passando a boiada 2023”, não podem passar. Precisamos ser resistência!
Apesar das negociações do Palácio do Planalto com o Centrão, uma ala do Executivo busca avançar com projetos de interesse de outras forças políticas, que não estão alinhadas com a visão do presidente Lula. A ideia é limpar parte da pauta que ficou travada no Senado, contemplando até mesmo propostas criticadas pelas entidades ligadas ao meio ambiente. Algumas dessas propostas atendem aos interesses das bancadas ruralista e da bala.
Entre as pautas bomba, estão propostas que facilitam o registro de agrotóxicos no Brasil, bem como a lei orgânica da Polícia Militar. Esses temas são de interesse de adversários do PT nas últimas eleições, como a bancada da bala e a bancada ruralista, que têm forte identificação com o bolsonarismo. Essas frentes ainda mantêm influência sobre partidos do Centrão, sendo importantes para garantir a governabilidade do governo atual, diante do novo equilíbrio de forças no Congresso.
A ASCEMA Nacional é contra esses projetos e promete lutar contra eles até o fim. Em particular, a lei orgânica da PM é a iniciativa que mais consenso tem dentro do governo, mas os ministérios das Mulheres e do Meio Ambiente vêem com preocupação alguns trechos que podem limitar o ingresso de mulheres nos quadros da corporação e retirar competências do Ibama.
Essa aproximação com as forças de segurança acontece ao mesmo tempo em que Lula edita decretos para restringir o acesso às armas de fogo, enfrentando a insatisfação na bancada da bala. Não podemos deixar que a atuação das instituições ambientais seja prejudicada nesse processo.
Quanto ao projeto que facilita o registro de agrotóxicos, há um ambiente mais dividido, com o ministro da Agricultura a favor, mas os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário resistem a flexibilizar o uso dos pesticidas.
A ASCEMA Nacional insiste que é preciso buscar consenso e dificultar a aprovação de mais agrotóxicos, lembrando que no Brasil já são comercializados venenos proibidos em grande parte do planeta.
Precisamos do seu apoio para barrar estes projetos. Vamos até o fim, com todas as nossas forças! Compartilhe, marque os colegas, participe das audiências públicas, pois esses projetos são prejudiciais a todos! Precisamos desarmar estas bombas no Congresso Nacional.