MGI comunica que não haverá acordo com o governo

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E em plena Semana Mundial do Meio Ambiente, o governo Lula mostra sua preocupação com a área ambiental: antes de caírem as cortinas da teatral semana comemorativa, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos – MGI comunicou oficialmente a representação dos servidores da área ambiental que não haverá acordo com o governo. Nada de reestruturação. Nada de reconhecimento. Nada de valorização.

Para o MGI, a proposta governamental que foi rejeitada por 100% das Assembleias dos trabalhadores da área ambiental “atende a diversos pleitos encaminhados pelas entidades sindicais representativas”. Avisa lá que a data é 5 de junho, não 1º de abril!

O MGI alega, ainda, estar “no limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer”. Sabemos que a peça orçamentária é também política, logo, feita de escolhas. Assistimos, desde o ano passado, as escolhas do governo em atender o pleito da elite do funcionalismo do executivo federal, incluindo aí carreiras que foram, no mínimo, coniventes com a tentativa de golpe orquestrada em 2022.

O Governo afirma que a negociação com a área ambiental está encerrada. Sem acordo, não há razões para a retomada das atividades normais da categoria. Sem espaço negocial, não há meios de resolução do impasse. Os prejuízos estão contratados, a conta chegará!

O derradeiro ato oficial da Semana Mundial do Meio Ambiente é um recado explícito para os servidores ambientais, logo, para toda a área ambiental: vocês não importam para nós! Trabalhem pela causa, pois reconhecimento não haverá!

A máscara de neopaladino ambiental acaba de cair. Quais serão as próximas?

A Semana Mundial de Meio Ambiente chega ao fim de forma trágica, mas o Junho Verde ainda segue. Há tempo para reavaliar tal decisão e fazer justiça com aqueles que entregaram os melhores resultados que o governo pode apresentar desde que assumiu. Resultados incontestes, duradouros e que permitiram a retomada do protagonismo brasileiro na arena internacional.

Esperamos que Lula não ponha tudo a perder.

#ReestruturaçãoJá #ServidoresnaLuta #10anosdeabandono

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2 comentários

  1. Comentário a resposta do MGI

    O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos merece uma resposta digna de servidores públicos, mas os servidores em atividade mereceram essa resposta do governo.
    O descaso com as carreiras do Ibama não é de agora, remonta a sua criação, mesmo o Ibama já ter sido a 6ª marca mais conhecida do mundo, por ocasião da defesa do meio ambiente. Existe uma certa união dos servidores, mas se nota que não é unânime e isso também não é de agora.
    Dentro de uma simples constatação que mais clara se impõe aos servidores do Ibama lotados em todos os cantos do país.
    Nas negociações realizadas em favor do nosso pleito uma pergunta deve ser feita, analisada e ponderada por todos os servidores do Ibama e levada muito a sério pelos riscos de vida para você e o dissabor para a tua família. As respostas que todos já conhecem e está inserida na capa e nas demais páginas da proposta do MGI:
    01-Onde está a tabela remuneratória do fiscal ambiental federal?
    02-Onde está a tabela do motorista oficial ambiental federal?
    Lembrando que nenhum dos dois itens acima fazem parte da carreira do MMA, IBAMA ou ICMbio (Se).
    Você no mínimo é um Analista ou um Técnico, lembre-se você está fiscal porque se voluntariou, você está motorista porque também se voluntariou (Portaria e Termo de compromisso respectivamente).
    Você oferece a sua vida e estão dizendo que o teu sacrifício não merece o reconhecimento, que você não vale nada. O mínimo que eu penso do herói servidor do Ibama é que faz muito com muito pouco.
    Está na hora dos servidores que protegem a vida do planeta serem valorizado, se protegerem e se valorizarem.
    Isso posto, sou a favor que uma resposta mais dura seja enviada ao MGI, assim conheceremos os verdadeiros objetivos do governo, se a proteção do meio ambiente é retórica ou uma ação séria para as futuras gerações do planeta.
    A luta continua nossa proposta por justiça.
    JMR.
    08/06/2024

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