Em uma reunião extraordinária realizada ontem (05/03) com o Ministério da Gestão e Inovação do Serviço Público (MGI), solicitada pela ASCEMA Nacional, o diálogo sobre as necessidades e especificidades da carreira de especialista em meio ambiente foi marcado por frustração. O Secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijoó, apresentou novamente a mesma contraproposta que não atende às demandas dos servidores.
O argumento recorrente do Ministério foi a questão orçamentária, embora saibamos que há recursos disponíveis, inclusive em caixa, que poderiam ser utilizados para a reestruturação da carreira, sem violar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Após diversas conversas e a recusa unânime da segunda contraproposta, a ASCEMA Nacional e os sindicatos estaduais estão buscando agendar uma reunião com a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com o intuito de pressionar o governo a retomar o diálogo. A margem de negociação com o MGI é considerada pequena, e as propostas apresentadas não atendem nem mesmo o mínimo das reivindicações dos servidores.
Na manhã de ontem, a ASCEMA Nacional publicou uma nota informando que os servidores, representados pela entidade em conjunto com os Sindicatos de servidores federais nos estados, rejeitaram de forma unânime a última proposta de reestruturação do MGI. Em tese, ela aumenta a disparidade salarial entre os cargos de nível superior, técnico e auxiliar, não atende à parametrização da carreira do meio ambiente com a Agência Nacional de Águas (ANA) e ignora a necessidade de gratificações para a fixação de pessoal em áreas precárias e para compensar os riscos enfrentados em atividades laborais.
A ASCEMA Nacional reafirma seu compromisso com a defesa dos interesses dos servidores e continuará buscando soluções que atendam às legítimas demandas da categoria. Enquanto as necessidades dos servidores não são atendidas, a mobilização pela reestruturação da carreira continua em todo o Brasil.
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