Para quem vai entrar na carreira, a tabela remuneratória de nível superior é pior do que a atual nos primeiros 15 anos, tornando área ainda menos atrativa, colocando em risco o futuro da gestão ambiental no país.
A ASCEMA Nacional realizou, na noite de ontem (08/04) uma reunião extraordinária do Conselho de Entidades para discutir a proposta apresentada pelo Ministério de Gestão e Inovação em Serviço Público (MGI), referente aos reajustes salariais e à reestruturação da carreira dos servidores ambientais.
A proposta, que inicialmente gerava a expectativa de resolver pendências em relação aos salários e à estrutura de carreira, foi recebida com grande descontentamento pela categoria. Embora haja o reconhecimento de que representou um avanço em comparação às anteriores, ficou claro que nenhuma das demandas dos servidores ambientais foi atendida integralmente.
Entre as principais preocupações levantadas durante a reunião, destaca-se a proposta de reajuste negativo para os novos servidores. Segundo análise da ASCEMA Nacional, a tabela remuneratória proposta pelo MGI implicaria em uma redução salarial de 4 a 6% nos primeiros 15 anos de carreira em comparação com a tabela atual. Tal medida, segundo a Associação, tornaria a carreira ainda menos atrativa para os profissionais que pretendem ingressar no serviço público ambiental.
Atualmente, os servidores ambientais enfrentam um significativo desestímulo devido à discrepância entre as responsabilidades exercidas e a remuneração recebida. Enquanto desempenham funções de regulação, auditoria, gestão de políticas públicas, licenciamento e fiscalização, não são adequadamente compensados por essas atividades, resultando em uma enorme insatisfação interna. A comparação salarial com outras carreiras do serviço público, como agentes da Polícia Federal e fiscais agropecuários, evidencia essa disparidade, colocando em questão o reconhecimento e a valorização dos profissionais ambientais. Lembrando que os servidores almejam a equiparação com o que é oferecido à Agência Nacional de Águas (ANA). Atualmente, o salário final de um analista ambiental é de cerca de R$ 15 mil, enquanto o cargo final da ANA de especialista em regulação, alcança R$ 22.9 mil.
Além disso, a proposta do MGI mantém o fosso salarial entre técnicos e analistas ambientais (técnicos ganham 43% do salário dos analistas). Isso representa uma grande disparidade de remuneração entre profissionais que desempenham atividades semelhantes. Esta situação desestimula os servidores e compromete a qualidade do serviço prestado à sociedade.
Outro ponto de discordância refere-se à criação de uma gratificação de localização, que beneficiaria apenas uma minoria de servidores, enquanto a maioria continuaria sem qualquer compensação adicional pelos riscos e desafios enfrentados em suas atividades diárias.
Diante desse cenário, a ASCEMA Nacional reafirma seu compromisso em defender os direitos e interesses dos servidores ambientais e convoca a categoria a participar das assembleias que serão realizadas nos Estados nos próximos dias. Nessas assembleias, será discutida a possibilidade de apresentar uma contraproposta ao governo e de adotar medidas para pressionar por uma reestruturação justa e adequada da carreira.
A ASCEMA Nacional está aberta ao diálogo e à negociação, mas ressalta que a mobilização e a união da categoria são fundamentais para garantir conquistas significativas em prol dos servidores ambientais e do meio ambiente.
sou se acordo que haja um estudo profundo tanto nas carreiras quanto nas mais de 50 tabelas salariais. enquando os reajustes salarias forem linear, cada vêz mais aumenta as diferêncas salariais entre os que ganham mais e os que ganham menos. sabemos que existem muitas gratificaçoēs concedidas a poucas carreiras e que naõ saõ estedidas a muitas outras, como é o caso das GQ pra níveis superior e intermediário, alguma dessas gratificaçoēs estendidas as cagodorias que hoje naõ fazem júz, poderia diminuir as diferenças salarias existentes, sem configurar reajuste salarial.
NÃO IMPORTA QUAL O GOVERNO QUE TEMOS, POIS TODOS TÊEM VISÕES DESTORCIDA SOBRE OS SERVIDORES TÉCNICOS DE QUALQUER ÓRGÃO POPÚBLICO. POR ISSO A CONCIENCIA POLITICA DE TODOS TEM QUE FLORECER A LUTA CONTRA O DESMATELAMENTO DA CLASSE DE SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAUS, ESTADUAIS E MUNICÍPAIS. TODOS À LUTA¡!
governo está brincando com os servidores.a categoria tem que se posicionar
O que o MGI deveria fazer é implantar um sistema de controla e aferição da produtividade individual no servidor público federal e acabar com a farra das viagens de funcionários para participar de eventos internacionais, que não passam de diversão e exibicionismo. Tem muitos marajas descompromissado com suas funções principalmente os fiscais da Receita, os Agropecuários, da Previdência e das Agências Reguladoras. Não dá para conceder aumento sem uma contrapartida.
Meio -ambiente é assunto sério , os fiscais ambientais do Ibama tem que ganhar remuneração equivalente a agentes e delegados da P. Federal ,e portar armas , tantos são os riscos que envolve a atividade , grileiros de terras dão prejuízos de bilhões ao País , e o “ governo “ preocupa-se com o salário mínimo que pagam
Para esses heróis , que impedem que mais crimes contra o meio – ambiente de propaguem , são ameaçados , tem
Suas bases incendiadas , grileiros , garimpeiros ilegais e madeirereiros ilegais além de centenas de outros crimes são evitados , salvando fauna e flora. , recuperando o patrimônio do Brasio , o minério , as florestas nativas , e o governo quer oque ? Tem que ser bem renumerais , sem absurdos , porém em um nível compatível com suas funções, equivalentes a de agentes da polícia federal e delegados federais . Está aí um patamar razoável para remunerar a categoria , sem causar injustiças ou regalias e desequilíbrios .
É muito interessante que o governo “enche’ a boca para falar da Amazônia, da preocupação com o meio ambiente e com a necessidade do mundo olhar para o Brasil e esse fato deveria refletir na valorização do servidor, nas condições de trabalho e na remuneração, visto o tamanho da responsabilidade do servidor da área de meio ambiente e da complexidade do serviço.
As propostas do governo estão condicionadas as políticas de reajustes submetidas as exigências economicistas de um sistema para o qual esse esse governo foi eleito para por em qustionamento. Onde está a coerência política posta como condição de apoio? Vou esperar as próximas eleições para discordar frontalmente disso!